quarta-feira, 28 de setembro de 2011

PAULA BIANCHI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Operários do Maracanã entram em acordo com construtora
Os trabalhadores do Maracanã decidiram nesta terça-feira pela manhã, em assembleia, aceitar a proposta do consórcio responsável pelas obras do estádio. Entre as reivindicações dos operários estavam melhores condições de trabalho e aumento no valor da cesta básica.


"Foi ótimo, o pessoal aceitou o acordo. Agora vamos esperar o dia 30 e ver se o consórcio cumpre a parte dele", disse Carlos Alberto de Souza, diretor do Sitraicp (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro).


Pelo acordo, os trabalhadores irão receber participação integral nos lucros da construção; vale alimentação de R$ 160 em setembro e R$ 180 em outubro; a compensação pelos dias de greve e o salário integral de setembro. O Sitraicp ainda negocia a extensão do seguro saúde para os familiares dos operários.


Semana passada o governador do Rio, Sérgio Cabral, admitiu que a paralisação dos trabalhadores deve atrasar em dois meses a entrega do estádio. Os operários ficaram 18 dias em greve em setembro, até serem obrigados a voltar ao trabalho por uma decisão do TRT-RJ (Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro).


A obra está a cargo do consórcio Maracanã Rio 2014, formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Delta e Odebrecht.

Sergio Moraes/Reuters
Operários trabalham nas obras do Maracanã
Operários trabalham nesta quarta-feira nas obras do Maracanã

morreram

Elevador despencou de 80 metros no mês de agosto, em Salvador.
Delegada apresentou laudos periciais na manhã desta sexta-feira (23).

Acidente gerou clima de comoção entre colegas
Do G1 BA
(Foto: Arestides Baptista/ Agencia A Tarde / AE)
Imprudência, negligência e imperícia. Estes foram os fatores apresentados na manhã desta sexta-feira (23) pela delegada Jussara Souza para resumir as causas do acidente que matou nove operários em um obra da construção civil em Salvador, no dia 9 de agosto. A perícia constatou que houve falha mecânica e falta de manutenção no elevador que despencou de uma altura de cerca de 80 metros.
Segundo a delegada, o engenheiro Manoel Segura, responsável pela obra, não cumpria com normas regulamentadoras da construção civil. Foi registrada falha de manutenção do guincho e do sistema de freio, que não funcionou, ocasionando a tragédia. “As inspeções nas peças têm que ser registradas em um livro. Esse livro foi solicitado, mas não foi entregue nem à delegacia, nem aos peritos técnicos”, afirma Jussara Souza, ressaltando que não havia sobrecarga no equipamento. A capacidade é para dez pessoas e estava com nove trabalhadores.
No laudo pericial consta que foram encontrados vestígios de graxa nas peças que compunham o elevador, o que segundo os técnicos, descumpre recomendações dos fabricantes. Os peritos afirmaram que peças não originais foram encontradas na estrutura. Outro fator apontado foi a falta de instrução e formação técnica dos funcionários que operavam o elevador.
O engenheiro Manoel Segura, dono da construtora Segura, vai ser responsabilizado pelo descumprimento das normas que regulam a construção civil. O inquérito será encaminhado para o Ministério Público.

Tragédia
A queda do elevador aconteceu na manhã do dia 9 de agosto no canteiro de obras do edifício Empresarial Paulo VI, de responsabilidade da construtora Segura, localizado na Avenida ACM, em Salvador. Os nove trabalhadores morreram na hora. Na ocasião, a empresa responsável negou as acusações de desgaste em equipamentos.
Nove trabalhadores despencaram 80 metros (Foto: Arestides Baptista/Agência A Tarde/AE)

sábado, 24 de setembro de 2011

Se eu respirar uma fibra, posso ficar doente?
Pode, dependendo de onde ela se alojar.
AUDIÊNCIA PÚBLICA PELO BANIMENTO DO AMIANTO NO PARANÁ
Data: 19/10/2010 às 09 horas
Plenário da Assembléia Legislativa
Os malefícios causados pela utilização indiscriminada de amianto já são conhecidos. Paralisia pulmonar e diversos tipos de cânceres são algumas das doenças apontadas pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). Entretanto, o Brasil ainda permite a exploração desse material.
Para mudar esse quadro, espera-se que o Paraná aprove o projeto de lei 76/2011 de autoria do Deputado Luiz Eduardo Cheida que visa proibir a produção e o uso da substância.
História
A indústria do amianto – mineração e processamento – sempre foi uma atividade poluente, perigosa para o trabalhador e seus familiares; um desastre ambiental; um produto letal para os empregados e ex-empregados no Brasil e no mundo. A exposição ao amianto ocorre na indústria, no comércio e na prestação de serviços. Do operário das minas ao operário da construção civil, incluindo outras áreas, como os mecânicos, por exemplo, todos foram expostos e correm risco de vida.
Patologia
O amianto, em qualquer de suas formas, tem efeitos sobre a saúde e o meio ambiente. Tal fato se baseia em centenas de estudos médicos-científicos realizados no Brasil e no mundo.
O amianto crisotila (ou amianto branco) tem menor nocividade, mas isto não lhe confere “status” de isenção de danos à saúde. Afirmar que a crisotila é nos danosa é um reducionismo que visa confundir a sociedade, levando-a a crer que o amianto crisotila “não é tão perigoso como dizem”.
A posição que deve ser adotada é a recomendada pela Organização Mundial de Saúde no sentido de que “o modo mais eficiente para eliminar as doenças relacionadas ao mineral é interromper o usso de todos os tipos de asbestos”.
Uso controlado do amianto
Todos os defensores do uso controlado do amianto são empregados da indústria ou foram financiados por ela para que adotassem tal posição, inexistindo qualquer pesquisa idônea e independente que conteste o posicionamento da Organização Mundial de Saúde e de renomados cientistas mundiais. Tudo quanto produzido no sentido de defender o uso controlado do amianto não passa de tese de mercado.
A adoção de tecnologias de controle de poeira na mineração e nas fábricas de produtos de amianto não garante a proteção da saúde dos trabalhadores, pois diversos estudos demonstram que nenhuma tecnologia é eficiente para garantir a eliminação desses particulados no ar. Não há nenhum estudo ou pesquisa que não tenham sido financiados pela indústria demonstrado que tais tecnologias sejam eficientes. E, ainda que assim o fosse, remanesceria a exposição dos consumidores dos produtos de amianto., já que os danos à saúde não se restrigem aos trabalhadores, mas à toda àpopulação, em especial quando da eliminação dos resíduos, neste caso considerados perigosos.
Disputa de mercado
Ao contrário do que alega a indústria, não há provas de que a campanha mundial pelo banimento do amianto seja movida por interesses comerciais.
A fibra do amianto pode ser sustituida por outra matéria prima, sem prejudico aos parques industriais, com ganhos significativos, inclusive sob o ponto de vista de postos de trabalho e conquista de mercado, com surgimento de novos produtos, com proteção á saúde e ao meio ambiente.
O velho mercado de amianto vai ruir não em razão de disputa entre multinacionais, mas porque a sociedade exige produtos menos agressivos à saúde e ao meio ambiente.
Vítimas
As pessoas mais suscetíveis a sofrer com problemas de saúde por causa do amianto são: os trabalhadores que lidam com a substância e os respectivos familiares, os moradores das imediações dos locais de extração, beneficiamento ou industrialização, além dos usuários dos produtos.O material pode ser facilmente aspirado.

"A fibra do amianto pode ser fragmentada em partículas microscópicas, o que facilita a sua aspiração. Ademais, a indestrutibilidade que o amianto apresenta no ambiente externo é mantida no organismo. Uma vez captada e incorporada, nunca mais a partícula é eliminada pelo organismo".

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estimou que o número de mortes ocorridas em função do uso do amianto deve girar em torno de 100 mil por ano em todo o mundo. E um estudo da Rede Brasil Atual calculou que até 2030 podem morrer 1 milhão de pessoas em decorrência de doenças provocadas ou relacionadas à exposição desse material.
Números que contribuíram para que a substância fosse proibida em algumas regiões do globo terrestre
Atualmente, mais de 50 países já aprovaram legislação que proíbe a exploração do amianto. Entretanto, um levantamento realizado pela BBC em parceria com o Consórcio de Jornalistas Investigativos revela que apesar de proibida a substância continua sendo usada em larga escala, especialmente o amianto branco.

No Brasil, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Mato Grosso também possuem leis com a finalidade de coibir a industrialização, o comércio e o uso de produtos de amianto nos seus territórios. 

Ex-empregados
Os ex-empregados do amianto, dos mais diversos setores e nas mais diversas regiões do país (e do mundo), foram enganados pelos dirigentes da indústria do amianto. Estes dirigentes sabiam dos riscos a que os trabalhadores estavam expostos e nada disseram para eles.Os ex-empregados morrem aos poucos.
Falhas do Estado
O Governo tomou a equivocada posição do “uso controlado do amianto”, o que enganosamente sugere que há segurança para os trabalhadores, pois estudos epidemiológicos evidenciam que não existe limite seguro de exposição
Essa posição equivocada dá margem a que a indústria do amianto permaneça afirmando que as doenças causadas pelo produto podem ser prevenidas com o uso seguro.
Tal postura é constrangedora diante dos demais países e vai em direção contrária ao movimento mundial pelo banimento do amianto, eis que reconhecidamente prejudicial á saúde e ao meio ambiente.
Em razão disso conclamos a sociedade paranaense a participar da audiência pública que será realizada em 19/10/2011 às 09 horas, no Plenário da Assembléia Legilativa.
Pelo Banimento do Amianto.
Vamos acabar com essa utilização da fibra assassina no Estado do Paraná. Vamos cada um de nós ircorporarmos nessa campanha cívica e pública por um PARANÁ LIVRE DO AMIANTO e enviar emails aos deputados estaduais paranaenses demonstrando sermos favoráveis ao banimento do agente da morte e “POR UM PARANÁ SEM AMIANTO”.
Abaixo a relação dos emails dos deputados estaduais:
Leia mais.
PANORAMA MUNDIAL
42 PAÍSES QUE JÁ DECIDIRAM PELO BANIMENTO TOTAL DO AMIANTO
Islândia: 1983
Noruega: 1984
El Salvador: (metade da década de 80) 
Dinamarca: 1986
Suécia: 1986 
Suíça: 1989
Áustria: 1990 
Holanda: 1991 
Finlândia: 1992
Itália: 1992 
Alemanha: 1993 
França: 1996 
Eslovênia: 1996
Polônia: 1997 
Principado de Mônaco: 1997 
Bélgica: 1998 
Arábia Saudita: 1998 
Burkina-Faso: 1998 
Inglaterra: 1999 
País de Gales: 1999 
Irlanda do Norte: 1999 
Escócia: 1999 
República da Irlanda/Eire: 2000 
Lativia: 2001 
Chile: 2001 
Argentina: 2001 
Espanha: 2002 
Luxemburgo: 2002 
Austrália: 2003
Liechtenstein: 
Emirados Árabes 
Nova Zelândia: 
República Checa: 
Vietnã: 2004 
Portugal: 2005*
Grécia: 2005* 
Japão 2004
Honduras 2004
Uruguai 2002
Seychelles
Gabão
África do Sul 2004
Em vários países, ainda se adota limites de tolerância para o amianto. O Critério de Saúde Ambiental 203, da Organização Mundial da Saúde, de 1998, concluiu que "nenhum limite de tolerância foi identificado para os agentes carcinogênicos"; que onde materiais substitutos para crisotila estiverem disponíveis, eles devem ser considerados para uso; e que a exposição ao amianto crisotila aumenta os riscos de asbestose, câncer de pulmão e mesotelioma em função da dose".

Ótima Ideia se a moda pega ........

579 mil reais de indenização para trabalhadores rurais mortos em acidente de trabalho


Artigos

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    12:55 PM

    Aumente a produtividade com boas soluçoes ergonômicas no ambiente de trabalho

    Nao é necessário gastar muito dinheiro

    Por Monte Enbysk
    Quando executivos ouvem a palavra ergonomia, imediatamente pensam em dinheiro — quanto custará para equipar as estaçoes de trabalho dos funcionários com os novos recursos de prevençao a lesoes causadas no trabalho.

    Nao é necessário gastar muito dinheiro em equipamentos

    Nao é preciso muito dinheiro, e a saúde dos funcionários deve estar sempre em primeiro lugar, diz Dan Eisman, vice-presidente de marketing e desenvolvimento de produtos da HealthyComputing.com, uma consultoria de ergonomia. Ajustes simples e indolores no ambiente de informática, como providenciar uma cadeira melhor ou elevar o monitor, podem sair barato e, ao mesmo tempo, reduzir muito o número de lesoes e ausencias de funcionários.
    Deve ser prioridade de qualquer pessoa que trabalha em um computador e/ou emprega usuários de equipamentos de informática compreender como um mau posicionamento combinado com falta de intervalos no trabalho podem causar lesoes musculoesqueletais.
    Em geral, as empresas nao precisam gastar muito dinheiro em equipamento — nem inspecionar completamente o local de trabalho, diz Eisman. "Mas se voce conhecer o assunto, saberá o que deve ser feito e o quanto gastar", completa. Ele aconselha os empregadores a conhecer o que causa a dor no punho e outras lesoes por esforço repetitivo e a dedicar tempo a observaçao e ao treinamento dos funcionários.
    Como as pessoas vem em formatos e tamanhos diferentes, as soluçoes ergonômicas sao distintas. No entanto, existem algumas diretrizes gerais quando se trata de ficar sentado em frente a um computador por várias horas seguidas, dia após dia. Vamos analisar algumas delas:

    Teclados: a posiçao do punho é o mais importante

    A posiçao ideal para trabalhar no computador, segundo a maioria das pessoas, é sentado ereto ou levemente reclinado. Os ombros devem ficar retos, os braços devem cair junto ao corpo e os cotovelos devem estar em um ângulo de 90 graus (ou um pouco maior). Antebraços e maos devem ficar nivelados e as maos, relaxadas.
    Assim, seus punhos ficarao em uma posiçao neutra — exatamente como deve ser, ensina Edie Adams, gerente de pesquisa do usuário da divisao de hardware da Microsoft. Quem digita com os punhos apontados para cima ou para baixo, ou estendidos para fora ou para dentro, está procurando problemas. Geralmente, isso significa que essas pessoas estao sentadas próximo ou distante demais, ou que estao usando um teclado inadequado.
    Os teclados divididos — teclados ergonomicamente desenhados com um aclive no meio — estao cada vez mais populares, embora ainda constituam 10% do mercado. Segundo Adams, um dos motivos para seu crescente sucesso é o fato de assegurarem melhor a manutençao do punho na posiçao neutra. A Microsoft fabrica teclados retilíneos e divididos, mas Adams preve que mais usuários migrarao para o teclado dividido devido as suas vantagens ergonômicas.
    "Nossa pesquisa indicou que existe maior chance de conforto com o teclado dividido", atesta ela. "Mas percebemos que 'conforto' é um termo subjetivo, e que também é perfeitamente possível estar confortável com um teclado plano".

    Mouse: ele cabe na sua mao?

    As maos se movimentam por todos os lados, bem como o mouse. O ideal é usar um mouse nao muito grande, nem muito pequeno, mas que se encaixe confortavelmente sobre a mao relaxada. A palma da mao deve estar em contato com o mouse, e sua base — o ponto onde começa o punho — deve ficar apoiada sobre a mesa.
    Se voce está desdenhando dessas dicas, é melhor rever seus conceitos. Voce ficaria surpreso em saber quantas pessoas sofrem de dores nas maos e nos ombros por causa de um mouse inadequado.
    Geralmente, um mouse com trackball é uma soluçao melhor para os usuários que sofrem de dores no ombro, avalia Eisman. Isso ocorre porque sao necessários menos movimentos para usá-lo. Para as pessoas que já tem histórico de dores na mao e no punho, uma boa idéia é usar um mouse operado por pedal, que elimina movimentos manuais cansativos. Para obter mais informaçoes, visite www.footmouse.com

    Monitor: no nível dos olhos e com o mínimo de reflexao

    Se posicionado incorretamente, o monitor do computador pode causar dor no pescoço e nos ombros e cansaço ocular.
    Coloque-o diretamente a sua frente, a um braço de distância. O pescoço deve ficar reto, sem inclinar para frente. A parte superior da tela deve ficar no mesmo nível dos olhos do usuário. O monitor precisa ficar levemente inclinado para cima. Coloque pilhas de papel sob o equipamento, se necessário — e tenha cuidado ao usar notebooks em vez de equipamentos de mesa por longos períodos de tempo (veja abaixo).
    Além disso, a luminosidade decorrente de um posicionamento ruim, seja oriunda de luz natural ou artificial, pode resultar em cansaço ocular e dor de cabeça. Reposicione o monitor e ajuste o tamanho e a cor da fonte, se necessário.
    A HealthyComputing.com também recomenda colocar o monitor em um braço articulado se voce interage com outras pessoas freqüentemente e precisa virar o monitor para um lado ou outro. E sugere aos usuários seguir a "regra 20-6-20". "A cada 20 minutos de trabalho, desviar o olhar para um ponto a 6 metros do computador durante 20 segundos", explica Eisman. (Visite o site www.healthycomputing.com para obter mais dicas.)

    Cadeira: o componente mais importante?

    Uma boa cadeira pode ser a parte mais importante da estaçao de trabalho, já que ela é o item que mais afeta a posiçao do trabalhador. Uma cadeira ajustável, que permite ao usuário personalizar seu posicionamento, é uma escolha melhor em termos ergonômicos que uma cadeira fixa e sem opçoes.
    Além de ficar ereta ou ligeiramente reclinada, a regiao lombar do usuário deve estar completamente pressionada contra o encosto da cadeira, e por ele sustentada. Os pés do trabalhador devem repousar confortavelmente no assoalho ou sobre um apoio para pés — uma plataforma barata que ajuda o usuário a manter a posiçao correta ao sentar, evitando fadiga.

    Notebooks e telefones no computador

    A HealthyComputing.com dedica uma seçao inteira do site aos "itens ergonômicos móveis", incluindo aí telefones sem fio e PDAs. Nao é preciso dizer que os notebooks sao os maiores causadores de perigos ergonômicos, já que nao é possível ajustar a posiçao do teclado e da tela. Além disso, muitas pessoas os utilizam, literalmente, no colo ou nas mais estranhas posiçoes.
    Mas é assim que as coisas funcionam. Se a tela ficar nivelada aos olhos do usuário, significa que os punhos estarao apontando para cima. Manter os punhos relaxados implica olhar para baixo, prejudicando o pescoço.
    O melhor conselho é evitar o uso prolongado de notebooks. Se isso nao for possível, use sempre um mouse, nao abra mao do conforto, mude de posiçao com freqüencia e permita-se tirar intervalos regulares.
    Nota sobre telefones: O fone de ouvido era uma opçao. Agora, é uma necessidade se voce o utiliza com freqüencia. Nao faz sentido tomar as providencias necessárias para ajustar ergonomicamente o computador, mas continuar prendendo o fone no pescoço enquanto fala por horas. É possível encontrar fones de ouvido por menos de 100 dólares.

    Levanta-te e anda — várias vezes

    Mesmo tendo em maos a estaçao de trabalho o mais ergonomicamente segura possível, voce pode nao estar livre das lesoes musculoesqueletais. O usuário deve mudar de posiçao e deixar a estaçao de trabalho várias vezes ao dia para evitar o esforço repetitivo. Um profissional da área de saúde com quem trabalho recomenda beber muita água durante a jornada de trabalho. Isso forçará voce a fazer intervalos ao longo do dia.
    Monte Enbysk é diretor operacional da Microsoft bCentral, um site da web para pequenas empresas.
24/09/2011 - 10h42
SABINE RIGHETTI
ENVIADA A JOINVILLE (SC)

Apenas 1% dos hospitais seguem à risca normas que evitam infecções hospitalares, segundo dados coletados pela Anbio (Associação Nacional de Biossegurança) na literatura médica brasileira.
Por isso, os índices de contaminação em hospitais podem chegar a 80% em algumas instituições de saúde.
Isso significa que, nos piores hospitais brasileiros, oito em cada dez pacientes são contaminados por micro-organismos e adquirem enfermidades diferentes daquelas que os levaram ao hospital.
A Anbio apresentou os dados no 7º Congresso Brasileiro de Biossegurança, em Joinville (SC). No mesmo evento, anunciou que implantará, a partir de janeiro, uma espécie de "ISO da biossegurança" emitido para hospitais.
Desde 1997, todos os hospitais do país são obrigados por lei a terem comissões internas e programas de controle de infecção hospitalar.
Apesar disso, 24% dos hospitais do Brasil ainda não contam com essas comissões, de acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Hoje, hospitais públicos e privados são visitados pela vigilância sanitária local, mas não há nenhum tipo de certificação.
Os procedimentos obrigatórios nos hospitais são, por exemplo, a higienização das mãos dos profissionais, da pele do paciente e dos instrumentais hospitalares.
Essas três atividades, quando mal realizadas, por desconhecimento ou excesso de trabalho, são as principais causas de infecção nos hospitais. O números de mortos chega a 100 mil ao ano.
"Mas isso são estimativas. Faltam dados sobre as contaminações", diz Leila Macedo Oda, presidente da Anbio.
O infectologista da Unesp (Universidade Estadual Paulista) Carlos Magno Fortaleza concorda. Ele faz parte de um estudo financiado pelo governo federal que está justamente atrás de dados oficiais sobre infecção hospitalar.
"O que se sabe é que os países em desenvolvimento têm uma taxa de infecção hospitalar cinco vezes maior do que os ricos", diz Fortaleza.

"ISO DOS HOSPITAIS"
O custo disso vai variar de acordo com o tamanho e a complexidade das atividades realizadas por cada hospital.
"Mas será mais barato que os processos conduzidos por pacientes por causa de contaminação", diz Oda.
"Discutimos a estrutura dos aeroportos para receber a Copa, mas esquecemos que os hospitais não estão preparados para receber etnias que vão trazer novos micro-organismos. Será uma loucura."
Assim como no ISO fornecido às empresas, o certificado de biossegurança dos hospitais será emitido após uma auditoria da Anbio e será renovado a cada dois anos.