domingo, 31 de julho de 2011


Construtora usa técnica de barreira dinâmica para conter queda de rochas e material solto em obra em Santos
Fonte: Pini Web
Sistema maleável se deforma para acomodar objetos de até 1 mil kJ. Rede conta com freios em espiral que trabalham na absorção do impacto. Veja vídeo. 
Luciana Tamaki -
Para conter deslizamentos em morros e quedas de rochas e demais materiais, a barreira dinâmica, uma técnica largamente usada na Europa, começa a ser empregada no Brasil. Trata-se de uma malha de aço de alta resistência, projetada para fora da encosta, que contém a queda dos blocos e absorve seu impacto. Com algumas mudanças em sua especificação, a barreira pode ser usada ou para quedas de rochas ou para contenção de avalanches.
A malha de aço é maleável, formada por linhas verticais ligadas por círculos. Quando cai um bloco grande e pesado, ela se deforma, acomodando o bloco como uma rede. O sistema inteiro é perfurado e fixado na encosta, geralmente em posição quase vertical.
Este sistema também conta com freios em espiral, que trabalham na absorção do impacto. No momento da choque, quando a malha é solicitada e se deforma, os freios são apertados e se fecham. Desta forma, quando houver eventuais quedas de material na barreira, tela e freios devem ser substituídos.
No Brasil, uma obra em Santos, no litoral paulista, importou este sistema da marca suíça Geobrugg, onde a barreira é muito usada em construções nos Alpes. Aqui, ela foi necessária para conter possíveis quedas de blocos de rocha e outros materiais. A resistência da barreira é de 1 mil kJ, e coroa o topo do morro, onde há uma divisão entre rocha exposta e rocha com camada de solo, que deve ser contido.
Divulgação: Tecnisa
É possível ver detalhes da instalação da barreira na obra de Santos, feita pela Tecnisa, além de mais informações sobre seu funcionamento, nos vídeos disponíveis em:

sábado, 30 de julho de 2011

América Latina

Explosão de refinaria no México deixa ao menos 10 feridos
Uma explosão registrada neste sábado na refinaria estatal Pemex em Tula, cerca de 100 km ao norte de Cidade do México, deixou dez feridos, um deles com gravidade, informou a Defesa Civil.
"Foi registrada uma explosão na refinaria de Tula. Temos ao menos 10 feridos, um deles com gravidade que foi levado de helicóptero a um hospital da Cidade do México", disse à imprensa Miguel García Conde, diretor da Defesa Civil do estado de Hidalgo, onde se localiza o complexo.
A explosão foi registrada por volta das 15h30 locais (17h30 de Brasília) durante a tarde de sábado e ainda não era possível determinar seu alcance. No entanto, Conde afirmou que povoados próximos à refinaria possam estar em risco.
Equipes de emergência, principalmente carros de bombeiros e ambulâncias, tanto da empresa Petróleos Mexicanos (Pemex) como do governo de Hidalgo dirigiram-se para a refinaria com o objetivo de auxiliar as vítimas, completou García Conde.
A coluna de fumaça podia ser observada a quilômetros de Tula, comunidade que em seu conjunto tem cerca de 90.000 habitantes.
A refinaria de Tula é uma das seis do México, tem uma capacidade de produção de 315.000 barris diários e é o principal abastecedor de combustível de Cidade do México, segundo informação da Pemex.

Projeto de lei autorizando o TST a emitir laudo de pericial e insalubridade


PROJETO DE LEI Nº 199, DE 2003
(do deputado Medeiros – PL/SP)
Altera o art. 195 da Consolidação das Leis do Trabalho, para permitir a elaboração de laudo pericial de insalubridade e periculosidade pelo Técnico de Segurança do Trabalho.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 195 da Consolidação das Leis do Trabalho passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 195 A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho, de Engenheiro do Trabalho ou de Técnico de Segurança do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.”
Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO
Pretende-se com a proposta em tela permitir que o Técnico de Segurança do Trabalho possa, a exemplo do que já acontece com o Médico do Trabalho e o Engenheiro do Trabalho, elaborar laudo técnico para caracterizar se determinada atividade ou operação é insalubre ou perigosa e classificar o grau de insalubridade.

Preliminarmente, convém esclarecer que a profissão de Técnico de Segurança do Trabalho foi regulamentada pela Lei nº 7.410, de 27 de novembro de 1985, ou seja, em data superior à edição do artigo 195 da CLT. Esta talvez seja a razão da omissão desses profissionais no texto da Consolidação, omissão que pretendemos sanar com o presente projeto.

O Técnico de Segurança do Trabalho tem formação específica na área de saúde e segurança no trabalho e tem que, necessariamente, submeter-se a um rigoroso curso preparatório que, nos termos do Parecer 623/87, aprovado pelo Conselho Federal de Educação, em 5 de agosto de 1987, terá uma carga horária profissionalizante de 1.035 horas/aula, além de submeter-se a um estágio curricular com duração mínima de um semestre. O currículo mínimo dos cursos deverá abranger as seguintes matérias: desenho técnico, administração e legislação aplicadas, princípios de tecnologia industrial, higiene e medicina do trabalho, psicologia e segurança do trabalho, ergonomia, tecnologia e prevenção no combate a sinistros e prevenção e controle de perdas.

Está mais do que evidenciado que o Técnico de Segurança do Trabalho tem suficiente embasamento teórico e prático na sua respectiva área de atuação, o que o capacita a elaborar laudo pericial de insalubridade e periculosidade. Tanto ele é capacitado, que a legislação atual lhe atribui competência, por exemplo, para elaborar programas de prevenção de riscos ambientais.

Ante o que foi exposto, esperamos contar com o apoio de nossos ilustres Pares na aprovação do presente projeto de lei por ser, a nosso ver, uma questão de justiça.
Sala das Sessões, em ........ de fevereiro de 2003.
Deputado MEDEIROS (PFL/SP)



Da Folha Metropolitana de Guarulhos

29 de julho de 2011 - 06:41
OAB pede afastamento de peritos judiciais
Wellington Alves
A subseção Guarulhos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) solicitou que o presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, desembargador Nelson Nazar, afaste imediatamente os peritos que atuem para o serviço público e exerçam atividades na iniciativa privada.
Relatório da entidade aponta um suposto esquema envolvendo 24 peritos judiciais, previdenciários e de empresas que pode ter feito mais de mil vítimas em Guarulhos. A Polícia Federal investiga o grupo por formação de quadrilha, falsa perícia e falsidade ideológica.
A entidade denuncia que os suspeitos atuavam em prol de empresas para prejudicar funcionários que tenham tido doenças no trabalho. Segundo a presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB-Guarulhos, Leopoldina de Lurdes Xavier, há indícios de que o grupo possa agir com “troca de favores”.
Os peritos atuavam para as empresas com laudos que não emitiam caracterização de doença pelo trabalho. Depois, pediam para os colegas – peritos judiciais – emitir laudos idênticos. Os suspeitos atuam para a iniciativa privada e para a Justiça, por indicação dos juízes, o que Leopoldina considera como conflito de interesses. Existem fragmentações do esquema na Capital, ABC e nas demais cidades do Alto Tietê.
TRT afirma que tomará providências
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região informou, em nota, que tomará as medidas administrativas necessárias que visem a inibir toda e qualquer possibilidade de irregularidade em relação ao suposto esquema envolvendo peritos judiciais.
A denúncia foi entregue ao presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, desembargador Nelson Nazar, na terça-feira, em relatório elaborado pela subseção Guarulhos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O TRT afirma que apura todas as denúncias recebidas e que as providências de ordem penal, se houver, caberão aos órgãos responsáveis. O tribunal conta que irá se esforçar para solucionar as questões apontadas que forem de sua competência.
Vítimas esperam por justiça
Considerado inapto para dirigir há oito anos pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de São Paulo por conta de uma bursite no ombro direito e dores na coluna cervical, o motorista afastado Edvaldo Pereira de Souza, 48 anos, não se conforma com o laudo médico que recebeu de um perito de Guarulhos.
Souza foi demitido de uma empresa de ônibus no mesmo período em que recebia auxílio acidentário do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Ainda assim, o laudo judicial que garantiria a ele estabilidade no emprego não caracterizou as doenças como causas do trabalho, o que contribuiu para que a empresa não precisasse pagar indenização por demiti-lo. “Tenho 29 anos de contribuição e tenho de passar por isso. Se fosse um bandido a Justiça protegeria”, diz.
Tendinite
A operadora de máquina afastada Marilda Batista da Hora, 46 anos, está em situação parecida. Com tendinite no braço direito, ela recebe pensão de 50% do salário pelo INSS, mas não consegue retornar ao mercado de trabalho. Ela foi demitida e o perito judicial não considerou que a doença dela tenha surgido pelo movimento repetitivo que fazia em um equipamento. “Sinto-me deprimida por não poder trabalhar e depender do  dinheiro de fome que recebo”, afirma.

DPU ajuíza ação contra Collins por trabalho escravo

Defensoria Pública da União em São Paulo (DPU/SP) exige na Justiça que rede de lojas de moda feminina cheque condições de trabalho de terceirizadas e cobra R$ 300 mil de danos morais coletivos por flagrante de trabalho escravo
Por Bianca Pyl*
A Defensoria Pública da União em São Paulo (DPU/SP) ajuizou ação civil pública contra a empresa de vestuário Collins, envolvida em flagrante de trabalho análogo à escravidão em agosto do ano passado.

Trata-se da primeira ação coletiva apresentada pelo órgão ao Judiciário trabalhista. "Por falta de defensores, não há como atuarmos também na Justiça do Trabalho. Contudo, quando há uma relação com questões de direitos humanos, como é o caso do tráfico internacional e do trabalho escravo, nós atuamos", observa Marcus Vinícius Rodrigues Lima, do Oficio de Direitos Humanos e Tutela Coletiva da DPU/SP, que moveu a ação. 

Protocolada na última quarta-feira (4), a ação atribui o crescimento "em progressão geométrica" da rede de lojas de vestuário feminino Collins à "terceirização ilícita" [veja gráfico abaixo com dados sobre a evolução da empresa]. "A empresa fez uso abusivo do poder econômico, utilização de trabalho escravo para aumento de lucro", sustenta Marcus, que confirmou o envio de ofício ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para que os indícios de concorrência desleal sejam apurados.
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De acordo com a DPU/SP, Collins abusou ao usar "trabalho escravo para aumento de lucro" (BP)

Por meio da ação, a DPU/SP cobra da Collins a verificação das condições de trabalho nas quais as peças da respectiva marca estão sendo confeccionadas - sob pena de multa de R$ 50 mil por oficina de costura, caso seja detectado trabalho escravo. Na visão do defensor Marcus, a empresa se valeu da chamada "cegueira deliberada", ou seja, fechou os olhos para a situação das costureiras e costureiros porque obtinha lucro com isso. 

A DPU/SP exige também o pagamento de R$ 300 mil por dano moral coletivo, para que sejam revertidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). "Esse valor tem caráter pedagógico para que outras empresas não repitam essa prática, utilização de mão de obra escrava", explica Marcus. Antes de decidir pela via da ação civil pública, a DPU/SP chegou a sugerir um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas a Collins ignorou a proposta.

O principal fundamento usado pela defensoria é a investigação realizada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SP) que rastreou a terceirização ilícita de toda a produção da Collins. Operação realizada em agosto de 2010 constatou que a empresa subcontratava oficinas que exploravam trabalho análogo à escravidão. 
Na ocasião, a SRTE/SP flagrou nove imigrantes sul-americanos oriundos da Bolívia e do Paraguai submetidos a trabalho escravo contemporâneo em oficina que fazia parte de um complexo de pequenas confecções situado na Zona Norte de São Paulo (SP). Conhecido como "La Bombonera" por causa da quadra de futebol de salão em seu interior, o complexo também abrigava um núcleo de produção de peças para a rede Pernambucanas e outro em que foram costurados coletes utilizados pelos recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatrística (IBGE). O processo de investigação da Collins por parte dos auditores fiscais foi concluído em outubro do ano passado.
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Cada trabalhador tentava dar um "jeito"  em sua 
cadeira para melhorar o conforto (Foto: Bianca Pyl)
Quadro encontrado
Dividida em dois cômodos, a oficina que produzia para a Collins pertencia ao boliviano David Ovídio Aranda Mamani. Foi constatado o cerceamento do direito de ir e vir, pois trabalhadoras e trabalhadores tinham que pedir permissão aos donos das oficinas para deixar o prédio, mesmo para breves saídas, como para levar os filhos em postos de saúde. Houve inclusive relatos de casos em que empregados só puderam sair acompanhados.

A jornada exaustiva foi caracterizada por meio de depoimentos e de uma planilha que registrava turnos de, no mínimo, 14h diárias, de segunda a sábado. Segundo Jonas**, que costurava um vestido preto da marca Collins, o serviço começava bem cedo pela manhã e por vezes ultrapassava o horário limite das 20h, mera referência que nem sempre era cumprida. "Tinha que ser mais tempo [de costura], às vezes, porque o prazo da entrega era menor", confirmou. As extenuantes jornadas chegavam a se estender madrugada adentro.

Os alojamentos ficavam em um corredor, nos fundos da edificação. Os dormitórios eram quartos muito pequenos, com beliches. Em alguns casos, famílias inteiras - muitas vezes com mais de um filho por casal - dormiam no reduzido cômodo único.

Quando abordados pelos auditores fiscais do trabalho, as costureiras e os costureiros davam respostas evasivas e sempre procuravam olhar para o dono da oficina, como se buscassem aprovação para o que estavam dizendo. Havia certo temor no ar. Muitos disseram à equipe da SRTE/SP que temiam serem deportados do País, já que todos estavam sem documentos.

No ambiente de trabalho e nos dormitórios, a fiação elétrica estava exposta. As instalações irregulares aumentavam o risco de incêndio, já que muitos tecidos ficavam espalhados por toda parte. As cadeiras utilizadas pelas vítimas eram precárias e improvisadas. Cada trabalhador tentava dar um "jeito", à sua maneira, na cadeira utilizada. O barulho intenso das máquinas era abafado pela música boliviana em alto volume.

Não havia ventilação e iluminação adequadas. As instalações sanitárias eram completamente precárias e coletivas. A remuneração recebida pelos costureiros também ficava bem aquém do piso salarial firmado pelo Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco.

As refeições padronizadas eram providenciadas pelos donos das oficinas. Estes últimos faziam o desconto a posteriori dos "salários" dos empregados. Os refeitórios eram improvisados, sem cadeiras e mesas suficientes para todos e o cardápio era pobre em valores nutritivos. Foram lavrados, ao todo, 25 autos de infração referentes ao quadro encontrado.
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Corredor que dava acesso aos quartos onde os trabalhadores e familiares dormiam (Foto: BP)

Jonas** foi a única vítima que aceitou conversar com a reportagem. Solteiro e com 24 anos, migrara ao Brasil seis meses antes da fiscalização. A oficina que produzia para a Collins era a segunda em que trabalhava. Um primo dele, também empregado em uma das oficinas espalhadas por São Paulo (SP), foi quem o chamou. Na primeira oficina, trabalhou e recebeu pouco porque teve o valor da passagem descontado dos primeiros salários. O jovem não conseguiu lembrar, contudo, quanto "pagou" pelo transporte.

"Eu posso comprar o que eu gosto de comer [ele guardava no quarto bananas, refrigerante e bolachas]. E temos até uma quadra de futebol", declarou Jonas, que manifestou estar satisfeito com o trabalho na oficina. Mesmo não sendo um exímio jogador, ele disse gostar do esporte. "A gente faz até campeonato aos domingos. Uma oficina contra a outra".

Jonas contou ainda que estava ganhando "o bastante" para enviar recursos à mãe e a uma irmã, que ficaram na Bolívia. "Agora vou ver se minha irmã vem pra cá. Ela já está na idade de trabalhar", completou. Na terra natal, ele nunca pensou em atuar como costureiro, mas já sabia que esse era o trabalho que faria por aqui antes de chegar ao Brasil.

De acordo com a SRTE/SP, a combinação entre trabalho em ritmo intenso, moradia e alimentação coletivas, dificuldade de comunicação, falta de contato com a comunidade do entorno, ausência de documentos e medo de deportação resulta em enclausuramento. Os trabalhadores estrangeiros eram submetidos a um cenário de dependência total - não só da própria vida, mas também dos familiares - com relação aos donos das oficinas.

Crescimento pela terceirização
De acordo com números apurados pela SRTE/SP, a Collins contratou, entre janeiro de 2009 a junho de 2010, 78 oficinas irregulares, que produziram mais de 1,8 milhão de peças sem que qualquer empregado tivesse seu contrato de trabalho formalizado. A empresa teria sonegado mais de R$ 137,2 milhões em Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e aproximadamente R$ 400 mil do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
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Crescimento do número de lojas coincide com a terceirização da produção das peças (Fonte: MTE)

O crescimento exponencial do número de lojas da rede Collins coincide com a intensificação dos processos de diversificação de oficinas fornecedoras, a partir de 2004 (como revela o gráfico acima). Essas unidades subcontratadas consistem normalmente em estabelecimentos precários e que se utilizam de mão de obra informal, por vezes em condições de escravidão. A SRTE/SP estima que 800 trabalhadores tenham sido prejudicados pelas terceirizações da empresa Collins. O cálculo toma como referência o histórico de fiscalizações em oficinas de costura similares à de David Ovídio Aranda Mamani.

As investigações constataram que a Collins pagava valores irrisórios para as oficinas subcontratadas que costuram suas roupas. Os donos da oficina recebiam, em média, R$ 1 por peça. E apenas uma parcela disso acabava remunerando costureiras e costureiros. Para a fiscalização, isso perpetuava a condição de degradação dos ambientes de trabalho.
A SRTE/SP também fiscalizou a sede da "Modas Safira Ltda", uma das 6 empresas do Grupo Collins (confira quadro abaixo). Dos 40 trabalhadores da unidade, 13 deles (32,5%) estavam sem carteira assinada. Tais empregados tiveram seu registro e recolhimento de FGTS regularizados. Foram identificadas , no total, 78 pessoas sem o devido registro, que atuavam no gerenciamento das oficinas fornecedoras da Collins.
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Vestido apreendido com etiquetas da marca Collins durante a fiscalização trabalhista (Foto: BP)
Atualmente, a Collins é uma das maiores redes varejistas de moda feminina do país. Suas roupas podem ser encontradas em mais de 500 lojas multimarcas espalhadas pelo Brasil, conforme informações do site da empresa. Segundo a mesma fonte, a rede contabiliza 87 estabelecimentos próprios, situados em pontos comerciais nobres e shopping centers da capital paulista, Grande São Paulo, interior paulista, Brasília (DF) e Manaus (AM).

"Apesar da grande quantidade de estabelecimentos, salta aos olhos o fato de que algumas firmas do Grupo Collins ainda se enquadram no regime de Empresa de Pequeno Porte (EPP) beneficiando-se de um regime jurídico e contábil não compatível com seu vulto econômico", destaca relatório da SRTE/SP.

Na primeira fase da auditoria, ficou comprovada a absoluta informalidade da mão de obra responsável pela confecção das roupas comercializadas pelo complexo empresarial Modas Collins. Posteriormente, na segunda etapa, foi constatada a degradação desses ambientes de trabalho terceirizados. O esquema servia, na análise do órgão trabalhista, para "mascarar a subordinação reticular" de toda a cadeia produtiva à Collins.

Constatou-se que seis diferentes "empresas", todas dirigidas pelo coreano Won Kyu Lee, formavam o complexo empresarial "Modas Collins". Todos os talões de notas fiscais apreendidos durante a fiscalização trazem a logomarca "Moda Collins", independente do nome, do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ou da razão social utilizados. Cada tentáculo do grupo subcontratava um determinado número de estabelecimentos.
 Nome / Razão Social
  N° de estabelecimentos
 Modas Collins Ltda. EPP
  22
 Modas Sarafina Ltda.
  21
 Confecções Nabiran Ltda.
  17
 Leonardo Lee - EPP
  15
 Ligia JI AE Lee - EPP
  7
 Estella Lee
  5
"Percebe-se que a pulverização do grupo econômico Collins em pessoas jurídicas artificiais, de pequeno porte, visa a dificultar o controle e a fiscalização dos órgãos públicos. A dificuldade de rastreamento contábil da produção facilita, assim, o mascaramento da teia de sub-contratações sucessivas que leva à precarização das relações de trabalho", analisa o MTE.

Na concepção da SRTE/SP, a Collins é inteiramente responsável pela situação encontrada. "O emaranhado em rede das empresas envolvidas na cadeia produtiva é de inteiro conhecimento e aprovação da empresa autuada, que compõe, na verdade, grupo empresarial que comanda e exerce seu poder de direção e ingerência de diversas formas sempre no sentido de adequar a produção de peças de vestuário à sua demanda, a seu preço e à sua clientela. Investe em uma marca forte, de grande valor comercial, indicando um fundo de comércio baseado na marca e no estilo que vende. Impõe esse estilo a seus fornecedores, que são, na verdade, meros intermediadores de mão de obra barata e precarizada", explica o relatório.
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Produção de vestidos prontos para serem entregues pela oficina de Davi à Collins (Foto: SRTE/SP)

De acordo com Luís Alexandre Faria, auditor fiscal da SRTE/SP que coordenou a fiscalização, a empresa não tomou nenhuma providência mesmo depois de autuada. "[A Collins] Não nos procurou para qualquer tratativa de regularização. Os relatórios e autuações já foram encaminhados à Secretaria de Inspeção do Trabalho [SIT, divisão do MTE em Brasília (DF)], para acompanhamento dos autos de infração, e aos demais órgãos responsáveis". 

A operação foi coordenada pela SRTE/SP e contou com a participação de representantes da DPU/SP, do Ministério Público Federal (MPF), da Justiça do Trabalho e da Secretaria de Estado da Justiça e Defesa da Cidadania - Núcleo de Enfrentamento e Prevenção ao Tráfico de Pessoas de São Paulo. A fiscalização se deu no âmbito do Pacto Contra a Precarização, e pelo Emprego e Trabalho Decentes - Setor das Confecções.

Diante do ocorrido, a Collins se limitou a informar, por meio de sua assessoria de imprensa, "que respeita a legislação trabalhista brasileira e que mantém a posição de impedir qualquer tipo de irregularidade". 

Repórter Brasil entrou em contato com a Associação Brasileira dos Coreanos (ABC), que é signatária doPacto Contra a Precarização e Pelo Emprego e Trabalho Decentes em São Paulo - Setor das Confecções, para registrar a posição da entidade acerca do episódio envolvendo a Collins. Porém, não houve retorno até o fechamento desta reportagem.

Ao assinar o compromisso, a ABC se comprometeu a: divulgar o objetivo do pacto nos meios de comunicação da comunidade coreana em São Paulo (SP); e a orientar as indústrias de confecção de roupas de comunidade coreana nos bairros de Bom Retiro e de Brás para que somente se relacionar com as oficinas de costura legalmente constituída, através de notas fiscais.
*A jornalista da Repórter Brasil acompanhou a fiscalização da SRTE/SP como parte dos compromissos assumidos no Pacto Contra a Precarização e pelo Emprego e Trabalho Decentes em São Paulo - Cadeia Produtiva das Confecções
**nome fictício
FONTE - REPORTER BRASIL

sexta-feira, 22 de julho de 2011

EPI


·         Com EPI é uma coisa...sem EPI é outra completamente diferente...quero ver fazer a mesma coisa com as mãos, braços e rostos expostos, dessa forma é muito mais limitado..É DIFERENTE.
·         O pano é flexível, entra em contato com o liquido e queima, a tampa pode até servir de escudo....mas cada caso é um caso...sempre haverá necessidade de uma boa avaliação, antes da ação.
·         Os extintores não foram projetados para ser usados com luvas, cabe ao instrutor ensinar dessa maneira, sem fantasiar...orientar quantos aos limites de aproximação, pois em uma situação real o usuário  estará sem luvas, sem capa, sem protetor facial, sem bota, sem equipamento autônomo de respiração, sem capacete.....É ASSIM QUE DEVE SER ENSINADO.
·         O bombeiro ou o brigadista trabalha em função do material disponível, sem o qual fica limitado nas suas ações...tem que avaliar até onde pode chegar ou até onde pode ir de acordo com a situação, principalmente os brigadistas que não possuem equipamentos de segurança, tem que ir até onde a sua segurança estiver garantida, caso contrário, ABANDONE O LOCAL.
·         O que se faz muito nas pistas de treinamentos é FANTASIAR  os treinandos de bombeiros ou de socorristas...sendo que a realidade deles é completamente diferente.....isso para mim não passa de um ENGODO....para a prevenção de incêndio é improdutivo.
·         90% dos incêndios nas empresas e edifícios acontecem em locais FECHADOS, o que limita em muito a ação dos voluntários que não tem a sua disposição equipamentos de segurança e a realidade apresentada nos campos de treinamento é de um incêndio em locais ABERTOS...portando é importante o brigadista desprotegido, ficar consciente de até onde ele pode chegar.....ao perceber que esta em situação de perigo ABANDONE IMEDIATAMENTE O LOCAL.
·         Brigadista desprotegido, tem como principal objetivo ATITUDES DE PREVENÇÃO e agir em caso de fogo INCIPIENTE, passou disso, sua ação somente deverá acontecer se a sua VIDA não estiver em PERIGO.....caso contrário...ABONDONE O LOCAL.
·         Há pouco tempo atrás, morreram intoxicados, seis ou sete brigadistas de uma empresa de ônibus, onde o fogo em local fechado (setor de pintura), vitimou os voluntários que tentaram controlar as chamas  e salvar um companheiro em perigo, nenhum deles portavam EPI...e segundo a empresa, tinham treinamentos práticos periódicos, certamente EQUIPADOS.

21 de Julho de 2011 - 07:09
Mato Grosso está entre os primeiros com alto índice de mortes no trabalho
Fonte: Só Notícias/Karoline Kuhn
Um levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego aponta que pelo menos 34 pessoas morreram, de janeiro a junho deste ano, em acidentes de trabalho, no Estado. O órgão público destaca também que, neste período, pelo menos 12,7 mil ações fiscais foram realizadas e, destas, 7,2 mil resultaram em autuações (início do processo administrativo que pode resultar na aplicação de multa). Embargos e interdições passam de 2 mil no período.
Já dados contabilizados entre 2006 a 2009 apontam que as mortes nos ambientes de trabalho somam 550. No mesmo tempo, houve pouco mais de 49 mil registros de pessoas feridas durante horário de expediente. Em entrevista a uma emissora de Tv, em Cuiabá, a chefe de Segurança e Saúde no trabalho, do Ministério no Estado, Aline Moraes, explicou que "Mato Grosso ocupa o sexto lugar em número de óbitos, em números absolutos. Esses dados são de 2006 a 2009 do Ministério do Trabalho e da Previdência Social, também, dados compilados em conjunto", disse.
A chefe explicou ainda que o Estado pode ocupar o primeiro lugar da relação. "Quando relativiza o número de óbitos por população, porque os cinco Estados a frente são muito mais populosos, Mato Grosso ocupa o primeiro lugar", destacou.

Operários ficam feridos em dois acidentes de trabalho em Umuarama
21/07/2011

Umuarama – No dia de ontem, aconteceram dois acidentes de trabalho em Umuarama. No primeiro deles, um funcionário da Averama se feriu ao fazer manutenção de um dos silos de armazenagem estática, O soldado Bravo do Corpo de Bombeiros informou que se trata de uma fatalidade, já que o funcionário estava com os itens de segurança. Ele teria tido uma parte da roupa no maquinário e um outro funcionário desligou o maquinário, evitando uma tragédia.
Queda de prédio
Um outro acidente ocorreu em uma construção civil na avenida Paraná. Um funcionário “assentava” uma lajota em um prédio próximo ao lago Aratimbó. Ele caiu de uma altura de 12 metros e segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima não estava utilizando equipamentos de segurança, que poderiam ter evitado a queda. A vítima estava hospitalizada em estado grave ontem à noite. 
Sobre o acidente na Averama, a empresa emitiu a seguinte nota para a imprensa:
“Prezados, hoje, dia 20/07/2011, pela manhã ocorreu um acidente de trabalho nas dependências da Unidade Industrial nº2 da Averama, na cidade de Umuarama-PR.
Com fim de esclarecimento sobre o ocorrido, viemos através desta lhes informar sobre
os fatos e a situação atual, que em nenhum momento se efetivou como situação de característica grave.
O colaborador Maykon Wilian da Silva durante seu expediente, realizando um trabalho no interior de um dos silos de armazenagem estática e devidamente utilizando todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) de uso obrigatório, se chocou contra um dos maquinários de movimentação do conteúdo do silo. Com o impacto, os colegas de trabalho solicitaram que o mesmo esperasse no local pelos primeiros socorros e a remoção para atendimento médico, conforme a políticas internas de segurança da empresa.
Devido ao fato do local ser de difícil acesso, se solicitou a presença do Corpo de Bombeiros para auxiliar na remoção do colaborador, onde se fez necessário realizar uma abertura na lateral do silo para a passagem da maca. O colaborador sofreu ferimentos leves e foi encaminhado ao hospital para exames. Durante todo o tempo ele permaneceu consciente e passa bem.
Especulações sobre outros incidentes no dia de hoje(ontem) não procedem.
Sem mais, AVERAMA – AGRO INDUSTRIAL PARATI LTDA”.

Três operários morrem após queda de barranco em Brasília

Homens morreram após deslizamento em obra no Hospital Universitário de Brasília

Adriano Ceolin, iG Brasília 21/07/2011 12:40 - Atualizada às 18:23
Três operários que trabalhavam em uma obra no Hospital Universitário de Brasília (HUB), localizada na Superquadra 405 da Asa Norte, morreram soterrados após a queda de barranco próximo ao local. Os operários trabalhavam em uma galeria de esgoto a seis metros de profundidade do solo.
Segundo os bombeiros, a equipe agora realiza um trabalho de escoramento, a fim de garantir que não ocorram novos deslizamentos durante a retirada dos corpos. De acordo com a assessoria do hospital, o acidente aconteceu enquanto os homens mexiam na tubulação em um buraco, por volta das 11 horas. Pelo menos seis funcionários trabalhavam na obra.
Bombeiros usaram escavadeira para retirar corpos - Foto: iG Brasília
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O Corpo de Bombeiros identificou como soterrados os operários Raimundo José da Silva, 24 anos, Lorival Leite de Moraes e Nelson Rodrigues, 34 anos. Os familiares das vítimas foram ao local, onde foram atendidos por dois psicólogos, um psiquatra e um assistente social. 

Segundo o major Mario Sergio de Oliveira, da comunicação do Corpo de Bombeiros, o primeiro corpo resgatado estava, aparentemente, sem os equipamentos de segurança adequados, mas isso deverá ser confirmado por perícia técnica.

Segundo informações da Polícia Militar, o acidente ocorreu às 11h15 e há suspeita de que outros três homens possam estar sob os escombros. O local seria um novo prédio para atender o setor de pediatria do HUB, onde funcionará o Instituto da Criança e do Adolescente (ICA). A obra começou há cinco anos e foi retomada há cinco meses, segundo o vice-reitor.

Quarenta profissionais, dez viaturas do Corpo de Bombeiros, além de veículos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), foram deslocadas para atender as vítimas. Segundo o Corpo de Bombeiros, neste ano, sem considerar o evento de hoje, já foram contados seis acidentes em obras em Brasília, que resultaram em cinco mortes.

Denúncias de irregularidades


Segundo João Barbosa, primeiro-secretário do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Distrito Federal, a obra tem várias irregularidades e denúncias já foram feitas. 

Barbosa diz que várias irregularidades foram apresentadas formalmente ao Ministério do Trabalho em maio e junho. "Isso aqui é um caso de polícia", afirmou ao iG.  Veja mais informações abaixo:

O vice-reitor, porém, desconhece as denúncias contra irregularidades em obras na UnB.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Funcionário cai de altura de 11 metros

EVELIN ARAUJO 11/07/2011 11h45
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Foto: Gerson Oliveira/ Correio do Estado
Imagem do local feita em maio deste ano, quando um operário ficou soterrado
Francisco Venâncio de Lima, de 54 anos, morreu por volta das 9h20min desta segunda-feira (11) ao cair de altura de 11 metros em uma obra no bairro Santa Fé, em Campo Grande.
Segundo informações do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ele teria caído de um andaime da obra.
Em maio deste ano, Carmo Luis Raimundo, de 30 anos, ficou soterrado por 20 minutos ao cair em uma fossa na mesma obra

Mais um trabalhador morre em obra nesta 

semana, no Estado

Francisco Nonato da Silva caiu em um poço e foi soterrado por terra

DA REDAçãO 13/07/2011 17h40
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Foto: Ribero Júnior / Fátima News
Poço onde o operário morreu soterrado
Francisco Nonato da Silva é o homem que morreu na tarde de hoje (13), por volta das 16h, soterrado em uma obra em Fátima do Sul, saída para Caarapó.
Segundo informações dos colegas, Nonato era funcionário da empresa Precisão Construtora de Naviraí que prestava serviço para a C-Vale. Ele teria passado próximo ao poço, e ao cair, foi soterrado por terra e teve a cabeça esmagada por uma pedra.
A Policia Civil de Fátima do Sul e a Policia Militar foram no local e aguardam a Pericia Técnica de Dourados.

Morte de trabalhador foi causada por barrote 

de ferro e madeira

LúCIA MOREL/GABRIEL MAYMONE 13/07/2011 09h57

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Foto: Álvaro Rezende
Operário de 32 anos morreu hoje pela manhã após acidente em obra

 Trabalhador morreu por acidente de trabalho esta semana em Campo Grande. Ronaldo Azevedo Calderoni morreu nesta manhã após ser atingido por uma barra de ferro e madeira, conhecida como 'barrote', que caiu do 17º andar de uma obra que está situada na rua Ismael Silva, 367, Vila Margarida, em frente ao parque Sóter.Ronaldo era casado há cinco meses e tinha dois filhos.
Segundo testemunhas ele caminhava pela obra no térreo, quando foi atingido na cabeça pelo objeto, que pesa cerca de 15 quilos, e tem 3 metros. As barras são usadas para fazer a laje no último andar do prédio. A perícia acredita que o vento pode ter deslocado a barra de ferro. 
O trabalhador estava de capacete e mesmo assim morreu por afundamento de crânio provocado pelo acidente com a barra.
O corpo de bombeiros foi acionado por volta das 9h desta manhã e ao chegar no local constatou que o trabalhador já estava sem vida.
Uma equipe do Sinduscon está no local fazendo vistoria para verifcar as condições da obra.
Segundo os diretores da construtora responsável pela obra, a orientação da Cipa é que todos os funcionários andem dentro do pátio da obra e Ronaldo no momento do acidente estaria por fora da obra.
 Segunda morte esta semana
A Delegacia Regional do Trabalho (DRT), responsável pela segurança das obras da construção civil, informou que ontem auditores estiveram em outra obra no Santa Fé, onde um trabalhador caiu de uma altura de 11 metros de um andaime na última segunda-feira (11).
Hoje, eles já foram informados sobre a morte na Vila Margarida. A assessoria do órgão informou que só aplicam multa caso seja constatada negligência. 

Pintor sofre descarga elétrica e tem 

queimaduras graves na Capital

LAÍS CAMARGO/ROSANA SIQUEIRA 14/07/2011 08h54
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Foto: Laís Camargo
Bombeiros resgataram o homem consciente mas com queimaduras graves

Pintor de 45 anos, Alfreu Evangelista Sales, sofreu hoje pela manhã uma forte descarga elétrica após encostar em um fio de alta tensão em um sobrado que fica na rua Johannesburgo, esquina com Rua Saigon, no Jardim Presidente. Após sofrer o choque, as roupas do pintor ficaram em chamas e ele ainda tentou chegar próximo a uma caixa d´água situada no teto do prédio. O choque foi 13,8 mil volts, segundo o Corpo de Bombeiros.
Os bombeiros foram acionados e encontraram o homem consciente, mas com graves queimaduras no peito, pescoço ombros e cabeça e hemorragia interna no abdômen. O homem foi imobilizado e levado para a Santa Casa.
De acordo com o major Pennrabel, do Corpo de Bombeiros, é cada vez mais comum o atendimento a estes tipos de caso na Capital. Ele alerta que a recomendação é para que os proprietários antes de iniciarem a obra contratem um técnico em segurança do trabalho para evitar este tipo de acidente. Já aos pintores o ideal é não usar cabo metátlico para fazer a pintura. Segundo o major, o pintor somente não foi arremessado para a rua porque com o choque ele foi jogado para trás. Se caísse de frente poderia ter desabado do sobrado.